quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quando eu penso nesse dia, lembro com carinho daquela que eu fui; daquela que eu era. Confesso que dá saudade de mim.

Saudade daquela confiança quase tola, algo ingênua de que tudo daria certo. Saudade da certeza de um futuro feliz. Saudade da confiança nas palavras, nos juramentos feitos. Saudade do sorriso pleno.

Tão pouco tempo, tantas experiências. Muitas alegrias mas também muita dor. Mais dor do que eu esperava. Mais dor do que eu queria.

Olho para esta foto e vejo uma menina. Me olho no espelho e vejo uma mulher. Uma mulher ferida, uma mulher marcada...mas principalmente uma mulher que ainda quer ser feliz, ser feliz como a menina era feliz.

Depois desse dia eu mudei de casa 2 vezes, engravidei, pari, brinquei com a morte 2 vezes. Amamentei. Chorei. Também ri. Também fui feliz.

Arrependimentos? Há sim. Mas não muitos. Quando eu jurei, jurei com fé. Jurei pra sempre. Jurei por amor. Muita coisa deu errado, fato. Mas sem aquele dia, sem minha história eu não seria quem eu sou. Não cheguei onde eu queria, mas cheguei aqui de cabeça erguida.

Se não consigo mais a gargalhada de alma, sigo sorrindo de canto.
Se não consigo mais a fé na felicidade, sigo buscando alegria.
Se não consigo mais a paixão, sigo com o amor.

Mas sigo sempre.

Hoje eu quero beijar a menina, dizer que foi muito bom sê-la. Mas quero me despedir da menina. E hora de assumir a mulher. Mulher ferida, sinta meu abraço. Mulher magoada, receba meu carinho. Você errou, mas também erraram com você. Não é culpa de ninguém; é coisa da vida. Viu só? Olha seu coração de mulher vibrando, querendo a paixão da menina? Você é forte. Você consegue.

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